quarta-feira, 1 de junho de 2011

41- O Boi na Grécia (parte 5 de 11) - O Touro no Zodíaco

Mapa Celeste,
xilogravura de Albrecht Durer de 1515

Zodíaco (zodiakós), 'pequeno animal' em grego, define o espaço do céu que o sol  percorre em um ano. O Zodíaco é um símbolo em si e ao mesmo tempo um conjunto de símbolos particulares. É o mais carregado de significado e o mais universalmente divulgado. Em todos os países e em todas as épocas exploradas pela ciência histórica, encontramos o Zodíaco, mais ou menos idêntico com sua forma circular e suas subdivisões. Por toda parte é associado aos mais importantes monumentos humanos: templos, locais onde são celebrados mistérios e iniciações.
No nosso Zodíaco ocidental, a constelação que corresponde ao signo de Touro é uma das suas doze subdivisões, todas denominadas segundo a mitologia grega. Para alguns autores o touro que aparece no céu seria o animal sob cuja forma Zeus(deus supremo do Olimpo) raptou Europa. Para outros, seria Io. Não seria portanto um touro e sim uma vaca! Tanto Io quanto Europa são duas das muitas paixões de Zeus, todas odiadas e perseguidas por sua mulher, Hera (1).
Na astrologia, cada signo descreve um aspecto do ciclo evolutivo completo representado pelo Zodíaco. É atribuído ao signo de touro o esforço e a elaboração do numem (2) e do sêmem. Segundo signo do Zodíaco (21 de abril a 20 de maio), touro é regido por Vênus, o que quer dizer em liguagem astrológia, que essa parte do céu se encontra em perfeita harmonia com a natureza deste planeta. 
É símbolo de grande força de trabalho, de todos os instintos e principalmente do instinto de conservação, de sensualidade e de uma propensão exagerada para os prazeres.


NOTAS:
(1) Acompanhe nas próximas postagens, O Mito de Io e O Mito de Europa.
(2) Numem é um termo do latim que significa  o poder ativo do divino. Numinoso é um conceito de Rudolf Otto que designa o inexprimível, misterioso, tremendo, o "totalmente outro", propriedades que possibilitam a experiência imediata do divino. O termo  aparece anteriormente neste blog na postagem 22, O Boi na Arte Rupestre.
(3) Fontes:
- Jean Chevalier & Alain Gheerbrant, Dicionário de Símbolos, José Olympio, 18ºed.
- Tassilo Orpheu Spalding, Dicionário de Mitologia Greco-Latina, Itatiaia, MG, 1965.

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