quinta-feira, 30 de setembro de 2010

1- Dra Nise X a Farra do Boi (1a parte de 3)

Em 1989, tive a oportunidade de participar de um evento liderado pela Dra Nise da Silveira no pátio do MAM, em protesto à Farra do Boi. A Farra do Boi é um elemento da cultura popular do litoral de Santa Catarina que teria sido trazida ao Brasil por açorianos há 200 anos. Na década de 80, o ritual passou a ser muito combatido. Foi finalmente proibido a partir de 1997 por ter sido considerado excessivamente cruel com o animal. É atribuída a esse ritual uma conotação simbólica-religiosa relacionada à Paixão de Cristo, onde o boi faria o papel de Judas. Outros entendem que o animal simboliza satanás e através da tortura e morte do boi as pessoas se livrariam de seus pecados. O objetivo final é o de repartir  a carne do boi entre os participantes.
Embora seus proponentes defendam que essa prática faz parte de sua herança cultural, foi classificada por Franklin Cascaes, folclorista de prestígio e especialista  na cultura local, como “vampirismo medieval.”
A Farra do Boi retoma em parte a idéia do antigo ritual hebraico do bode expiatório descrito na Bíblia no Levíticocapítulo 16. (continuação postada em novembro)


Foto de Mariza Almeida

2 comentários:

  1. Oi Julia,
    A queda da Farra do Boi foi através de uma parceria da Dra. Nise com o Circo Voador da época(1993 acho). Diversos eventos foram feitos, inclusive um desfile no MAM c a bateria e alegorias da Mocidade, exposição sobre vários bois do Humberto Espínola. Ninguém quiz patrocinar, só o Castor de Andrade. A Dra. Nise afirmou que não importava de onde viria o R$. No cartaz colocamos "O boi agradece ao Bicho".
    Nesse ano nenhum boi morreu na farra. Somente um homem. A Alba Lírio trabalhou no folder do evento de 1 semana. bjo Biel

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  2. Retifico...foi em 87 mesmo, com essa foto que você postou. A Dra. Nise na cadeira de rodas fantasiada de oncinha.hehehe

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