1- Dra Nise X a Farra do Boi (1a parte de 3)
Em 1989, tive a oportunidade de participar de um evento liderado pela Dra Nise da Silveira no pátio do MAM, em protesto à Farra do Boi. A Farra do Boi é um elemento da cultura popular do litoral de Santa Catarina que teria sido trazida ao Brasil por açorianos há 200 anos. Na década de 80, o ritual passou a ser muito combatido. Foi finalmente proibido a partir de 1997 por ter sido considerado excessivamente cruel com o animal. É atribuída a esse ritual uma conotação simbólica-religiosa relacionada à Paixão de Cristo, onde o boi faria o papel de Judas. Outros entendem que o animal simboliza satanás e através da tortura e morte do boi as pessoas se livrariam de seus pecados. O objetivo final é o de repartir a carne do boi entre os participantes.
Embora seus proponentes defendam que essa prática faz parte de sua herança cultural, foi classificada por Franklin Cascaes, folclorista de prestígio e especialista na cultura local, como “vampirismo medieval.”
A Farra do Boi retoma em parte a idéia do antigo ritual hebraico do bode expiatório descrito na Bíblia no Levítico, capítulo 16. (continuação postada em novembro)
Foto de Mariza Almeida
Oi Julia,
ResponderExcluirA queda da Farra do Boi foi através de uma parceria da Dra. Nise com o Circo Voador da época(1993 acho). Diversos eventos foram feitos, inclusive um desfile no MAM c a bateria e alegorias da Mocidade, exposição sobre vários bois do Humberto Espínola. Ninguém quiz patrocinar, só o Castor de Andrade. A Dra. Nise afirmou que não importava de onde viria o R$. No cartaz colocamos "O boi agradece ao Bicho".
Nesse ano nenhum boi morreu na farra. Somente um homem. A Alba Lírio trabalhou no folder do evento de 1 semana. bjo Biel
Retifico...foi em 87 mesmo, com essa foto que você postou. A Dra. Nise na cadeira de rodas fantasiada de oncinha.hehehe
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